Notas do Portugal-Polónia: É como o 'ketchup', não é, Cristiano Ronaldo?

CR7 bisou no apuramento para os 'quartos' da Liga das Nações, mas não foi o único a brilhar.

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Miguel Simões
16/11/2024 07:05 ‧ há 3 semanas por Miguel Simões

Desporto

Análse

Do susto à goleada. 'Do 8 ao 80'. Do tédio à 'loucura'. Há diversas formas de 'pintar' o que aconteceu no Estádio do Dragão. Portugal festejou o apuramento para os 'quartos' da Liga das Nações, esta sexta-feira, com uma goleada frente à Polónia (5-1), que serviu também para carimbar a liderança do grupo 1, antes de uma visita à Croácia para cumprir calendário.

 

A casa do FC Porto voltou, assim, a ser palco de mais uma qualificação para Portugal, rimando com o nome Dragão, 13 meses após o carimbo da presença no Euro'2024, na sequência de um triunfo diante da Eslováquia (3-2). Tudo aconteceu sob o 'efeito ketchup' - expressão utilizada por Cristiano Ronaldo em junho de 2010, ao serviço da seleção nacional - e bem que foi preciso sofrer...

A primeira parte não teve muito para contar. Três cartões amarelos (dois por protestos) e zero remates de Portugal enquadrados com a baliza resumiram aquilo que foram uns 45 minutos verdadeiramente paupérrimos, diante de uma Polónia que ainda assustou Diogo Cota.

Logo após o intervalo, Vitinha rendeu João Neves e mostrou ser a 'vitamina' que os portugueses precisavam para sair daquele jogo... a golear.  Perto da hora de jogo, Rafael Leão abriu o livro (59') e provocou o primeiro motivo de festejo na cidade Invicta, até que apareceu um quarto de hora absolutamente mágico a decidir tudo.

Em pouco tempo, Cristiano Ronaldo ampliou numa grande penalidade (72'), Bruno Fernandes acrescentou um golaço (80') e Pedro Neto também quis entrar na 'brincadeira' (83'), mas foi preciso esperar pelo minuto 87 para o grande momento da noite. Na hora de fazer ecoar mais um 'Siiii', CR7 relembrou os velhos tempos com uma valente 'bicicleta' e estava ali a prova: o tal 'ketchup' no seu esplendor.

Os polacos despediram-se com um tento de honra, apontado por Dominik Marczuk (89'), mas Portugal carimbou mesmo a passagem aos 'quartos' da Liga das Nações, no trono do grupo 1, numa noite feliz em que o resultado pouco condiz com a exibição.

Vamos então às notas da partida:

Figura

Cristiano Ronaldo esteve em três dos cinco golos de Portugal, mas só se fala daquela épica 'bicicleta' que selou a 'chapa 5' de Portugal. Em apenas 15 minutos, o avançado do Al Nassr começou por traduzir um penálti em golo (72'), assistiu Pedro Neto para o quarto no encontro (83') e ainda bisou com um golaço certamente inesquecível (87'), levando o público do Estádio do Dragão a celebrar com um duplo... 'Siiiii'. 

Surpresa

Vitinha entrou e tudo mudou. Não que João Neves estivesse a ser uma desilusão, mas a fluidez de jogo estava uns furos abaixo do desejado e a entrada do seu colega do Paris Saint-Germain deu outro alento à dinâmica ofensiva lusa. Já com uma vantagem de dois golos, o ex-FC Porto ainda assistiu Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo nos últimos dez minutos, contribuindo para uma goleada que 'apaga' o primeiro tempo paupérrimo.

Desilusão

Taras Romanczuk até se aguentou na primeira parte, beneficiando da pouca intensidade no jogo de Portugal, mas a segunda parte viria a ser bem distinta, desde os vários passes falhados às constantes perdas de bola no meio-campo polaco, dificultando as transições (ofensivas e defensivas) da sua equipa. O resultado foram cinco golos sofridos e apenas um tento (de honra) apontado.

Treinadores

Roberto Martínez fez meia dúzia de mexidas, algumas das quais forçadas, mas desde cedo se percebeu que faltava algo a Portugal. Na sequência de uma primeira parte entediante, o técnico espanhol acertou na entrada de Vitinha e, já com o apuramento selado, soube gerir as entradas de Samuel Costa, João Félix, Francisco Trincão e Nuno Tavares, mas é necessário puxar o filme atrás para que aquela primeira parte não se repita.

Michael Probierz sabia que não interessava muito estar à defesa e a vontade de chegar à baliza de Diogo Costa foi visível, sobretudo no primeiro tempo, 'baralhando', em alguns momentos, a equipa portuguesa. No entanto, apesar da vontade, faltou o êxito. Conceder golos atrás de golos e, já perante uma surpreendente 'chapa 5', marcar apenas um 'tramou' qualquer tipo de aspiração em levar pontos de Portugal.

Árbitro

Donatas Rumsas não teve qualquer influência no resultado e terá surpreendido, sobretudo, os portugueses, com o 'pulso firme' perante as queixas com que se foi deparando. Que o digam Bruno Fernandes (de fora no próximo jogo por castigo) e Cristiano Ronaldo, com os protestos a valer... um cartão amarelo para cada.

Leia Também: Do susto à goleada. Cristiano Ronaldo bisa e Portugal carimba 'quartos'

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