O pai do homem que foi empurrado de uma ponte pela polícia brasileira na zona sul de São Paulo diz que este "está bem", mas que ainda não conseguiu falar com ele.
Em declarações feitas ao Jornal Nacional, e citadas pela imprensa brasileira, o pai diz que a vítima, que se chama Marcelo, tem 25 anos e trabalha como entregador.
"Está bem, mas não consegui falar com ele... É inadmissível, não existe isso aí. Eu acho que a polícia está aí para fazer a defesa da população, e não fazer o que fez", explicou Antônio Donizete do Amaral.
O pai pede uma justificação para aquilo que aconteceu, depois de o filho ter sobrevivido à queda de uma ponte, de uma altura de três metros. A vítima bateu com a cabeça e ficou com ferimentos no rosto, tendo sido salva por moradores que estavam debaixo da ponte. O homem seguiu para o hospital e já terá tido alta, estando em casa.
O momento em que o homem foi empurrado foi gravado e partilhado. O Procurador-Geral do estado brasileiro, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, condenou também a situação, dizendo que a atuação dos agentes foi inadmissível: "O suspeito já estava absolutamente dominado, bastava com que os policiais naquele momento o levassem para o distrito policial", referiu o responsável, considerando as "imagens estarrecedoras".
Não terá sido caso único
Mas este não será o único caso parecido, dado que há um mês um outro homem, de 26 anos, terá também sido vítima de violência policial. O homem terá levado alguns pacotes de sabão de um estabelecimento e escorregado. Um agente viu a situação e disparou 11 tiros. O agente terá alegado legítima defesa e o homem acabou por morrer.
Segundo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ambos os casos estão a ser investigados. Até ao momento, já foram afastados do cargo 13 agentes.
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