Reuniões, acordos e OE? A saga Governo/Chega (e não só) continua

Perante a troca de acusações entre o primeiro-ministro e André Ventura, a Iniciativa Liberal veio acusar o Chega de mentir sobre as reuniões com o Governo. Enquanto isso, Pedro Nuno reforça que a Direita "não é de confiança".

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© Álvaro Isidoro / Global Imagens

Cátia Carmo
13/10/2024 09:13 ‧ 13/10/2024 por Cátia Carmo

Política

Orçamento

Desde o dia de apresentação da proposta do Orçamento do Estado que se instalou uma troca de acusações à Direita. O presidente do Chega, André Ventura, acusou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de mentir, garantindo que o Governo lhe propôs, em privado, um acordo com vista à aprovação do OE2025, que admitia que pudesse integrar o Governo. Em resposta na rede social X (antigo Twitter), Montenegro veio desmentir “um acordo” e afirmou que o que foi dito pelo Chega "é simplesmente mentira".

 

Para tentar esclarecer o que realmente aconteceu, a Iniciativa Liberal (IL), que também teve as tão faladas reuniões secretas de negociação com o Governo, veio, no sábado, dizer que a reunião com Montenegro foi "perfeitamente normal" e sem acordos.

O líder da IL, Rui Rocha, salientou após a Conferência Leiria Mais Liberal, que "essas reuniões não são secretas, mas também não são públicas", decidindo falar sobre esta em concreto para "benefício do esclarecimento dos portugueses", uma vez que o caso "se tornou um tema nas últimas horas" com a troca de acusações entre o primeiro-ministro e o presidente do Chega.

Rui Rocha disse mesmo acreditar que o Chega "nunca teve uma proposta do primeiro-ministro" e desafiou Ventura a apresentar provas do contrário.

Esquerda quer saber quem está a mentir e diz que Direita "não é de confiança"

Enquanto os líderes do PSD e Chega se acusam mutuamente de mentir, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, considerou no sábado que a Direita em Portugal "não é de confiança", classificando como "uma vergonha" as trocas de acusações a que se tem assistido. A falar em Vila Nova de Famalicão, no congresso federativo de Braga do PS, Pedro Nuno defendeu que é preciso clarificar quem está a mentir. 

Para o socialista, tudo isto se tinha evitado se o Governo dissesse "não é não" a André Ventura logo na primeira reunião. "Não eram necessárias duas. Para não falar das cinco, que ainda não foram confirmadas", disse Pedro Nuno.

Do lado do Bloco de Esquerda, a coordenadora Mariana Mortágua disse que o atual estado do processo orçamental tem "tido cenas grotescas", mas, não desvalorizando a situação, preferiu falar do Médio Oriente.

Já o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou que as alegadas "reuniões secretas" no âmbito das negociações do Orçamento são uma "manobra de diversão" para desviar as atenções da proposta orçamental, pedindo que se fale dos seus "conteúdos concretos".

Leia Também: "Não pode valer tudo". José Ornelas critica "notícias falsas" na política

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